sexta-feira, 15 de agosto de 2014

MPSC fala aos vigilantes sanitários sobre a fiscalização dos TACs do Saneamento Básico

O Promotor de Justiça André Otávio Vieira de Mello, titular da Promotoria de Justiça do Meio Ambiente de Balneário Camboriú, palestrou aos agentes sanitários catarinenses sobre os Termos de Ajustamento de Conduta propostos pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e firmados por diversos municípios com o objetivo ampliar a cobertura da coleta e do tratamento de esgoto no Estado.

A palestra foi feita na abertura do curso “Identificação de situações irregulares de esgotamento sanitário”, realizado em Balneário Camboriú nesta quarta e quinta-feira (13 e 14/08), a convite da Diretoria Estadual da Vigilância Sanitária. “O objetivo da palestra foi esclarecer aspectos legais que dizem repeito à atuação adequada das vigilâncias sanitárias e também mostrar que o Ministério Público está de portas abertas para prestar o auxílio legal – dentro de sua competência – aos agentes sanitários”, explicou o Promotor de Justiça.

A falta de cobertura de saneamento básico de Santa Catarina, que atualmente ostenta índices abaixo da média nacional, é considerada pelo MPSC prioridade estratégica para a área do meio ambiente.
Em 2004 o MPSC instaurou Inquérito civil e apurou que, na época, apenas 8% dos municípios catarinenses eram atendidos, ainda que parcialmente, com serviços adequados de esgoto, enquanto a média nacional é de 19%.

O Estado ostentava, ainda, o índice de 12 % de cobertura sanitária adequada da população urbana, contra uma média nacional de 44%. A tradução dos dados apontava que 4 milhões de habitantes de Santa Catarina, sem tratamento sanitário adequado, despejam diariamente, de forma direta ou indireta, 576 milhões de litros de esgoto nos mananciais de águas superficiais e subterrâneos.

Buscando a reversão desse quadro, o MPSC tem firmado diversos TACs envolvendo municípios e empresas de tratamento de água e esgoto e levantado a discussão do problema. Entre os termos do acordo firmado por Balneário Camboriú e outros municípios está a adequação do exercício do poder de polícia e da vigilância sanitária às normas federais e estaduais e realizar o trâmite adequado para a autorização de construções. 
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